Os 15 detidos tinham 4.819 alevinos de aruanã em seu poder.
Segundo o Ibama, eles admitiram que os venderiam no Peru e na Colômbia.
Dois grupos acusados de traficar alevinos (filhotes ainda em fase de desenvolvimento) da espécie aruanã (Osteoglossum bicirrhosum) foram presos dentro de uma reserva no estado do Amazonas, informa o Ibama. O primeiro bando, de dez pessoas, foi detido no dia 30 de março. Outros cinco suspeitos foram flagrados no dia seguinte, sob a mesma acusação.
As 15 pessoas detidas estavam dentro da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, no município de Fonte Boa (AM), e tinham, ao todo, 4.819 alevinos em seu poder, que seriam vendidos fora do país como peixes ornamentais.
A fiscalização chegou até os suspeitos após investigação iniciada no ano passado. A maioria dos detidos vem de Tabatinga e Benjamin Constant, na fronteira com Peru e Colômbia, segundo informa o analista ambiental Geandro Pantoja, do Ibama/AM. “Eles admitiram que venderiam os alevinos nestes países”, explica.
Os alevinos ideais para comercialização têm em média 5 centímetros e sua captura implica em matar um macho adulto, pois ele os esconde na boca até que possam sobreviver soltos. A pesca é feita com utensílios artesanais como flecha e arpão. Segundo o Ibama, os alevinos eram mantidos vivos em sacos plásticos com aplicações de oxigênio.
Ainda de acordo com o órgão ambiental federal, a cadeia de comercialização começa com o preço de R$ 1,00 nos locais onde ocorre a pesca. Na Colômbia e no Peru, o alevino já passa a valer R$ 2,50, de onde é mandado a US$ 7,00 para os EUA, Europa e Japão.
A captura do filhote é proibida porque o tamanho mínimo para pesca da espécie é de 44 centímetros de comprimento, de acordo com norma ambiental.
Reportagem: Dennis Barbosa ( Globo.com)
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