No Canadá, espécie de besouro virou praga porque a temperatura subiu 1ºC.
Um grau a mais na temperatura foi suficiente para um bichinho destruir uma floresta. O “besouro do pinheiro” sempre existiu nos pinheirais do oeste do Canadá. Mas o frio impedia que ele se reproduzisse sem controle.
Apenas um grau a mais e ele se tornou o responsável pela maior praga da história da América do Norte. A cor vermelha nos pinheiros, que mesmo no inverno não deixam de ser verdes, é o sinal de que eles estão morrendo. Em dez anos, o besouro destruiu uma área equivalente ao tamanho de três estados do Rio de Janeiro.
O peixe-lua gosta de água quente, perto da linha do Equador. Mas tem sido visto com frequência no norte da Califórnia e até no Alasca. Seguindo seus movimentos, os cientistas tentam entender o que acontece com toda a vida marinha.
A temperatura da água está subindo mais rápido do que a do ar. Isso muda os níveis de oxigênio e de nutrientes - e também as correntes. Como uma espécie depende da outra, há o risco de colapso de todo o sistema marinho.
No mundo inteiro, os corais, que abrigam 25% de toda a vida no mar, estão morrendo. Na África, a migração anual de mais de um milhão de gnus está ameaçada, porque a seca está destruindo as pastagens.
Nas florestas tropicais da América Central e do Sul, 70 espécies de rãs-arlequim já foram extintas por causa de um fungo que se proliferou no calor.
É no Ártico que os efeitos do aquecimento global são mais visíveis. A calota polar é formada só por gelo. Todos os anos, parte derrete no verão e volta no inverno. Mas, em 2007, o gelo derreteu tão rápido que ficou 23% menor do que qualquer outro verão estudado.
Pela primeira vez, grandes cargueiros navegaram por lá, pegando um atalho entre a Europa e a Ásia. Se esse ritmo for mantido, já em 2009, não haverá mais gelo no verão do Ártico.
Reportagem: Jeniffer Silva
Foto: Alice Lima
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