segunda-feira, 31 de maio de 2010

Impacto das usinas em território indígena

Por Bárbara Rodrigues

Os povos indígenas isolados na Amazônia chamam a atenção para o descaso com que o governo brasileiro vem tratando a expansão de usinas hidrelétricas para a floresta Amazônica,podendo esse tipo de iniciativa provocar sérios impactos ambientais e a destruição do meio ambiente.

O mais impressionante disso tudo, é que empresas ligadas ao setor de energia elétrica mesmo sabendo que determinadas áreas são habitadas por tribos indígenas, insistem em utilizar a área para novos empreendimentos, não se importando como essa ação pode afetar todo um sistema vivo como a Amazônia.

Em nome do dinheiro e do lucro imediato empresas destroem o habitat natural do índio e ainda por cima utilizam seus recursos naturais para enriquecer e destruir a natureza. Todos os envolvidos com a expansão de hidrelétricas para a região, tem consciência da existência de tribos isoladas na área explorada.

As usinas hidrelétricas são uma importante fonte de energia no mundo atual. No ano de 2005 as usinas produziram 19% da eletricidade consumida no mundo todo e equivale a cerca de 5 bilhões de barris de petróleo.





Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), o Brasil está entre os cinco maiores produtores de energia hidrelétrica no mundo, possuindo atualmente 158 usinas hidrelétricas de grande porte, que produzem um total de 74.438.695 kW.


A exploração da natureza para geração de energia produz diversos impactos ambientais e estes ocorrem principlamente durante a construção das usinas afetando a fauna e flora local. O represamento da água é um dos fatores que contribui para esta destruição, fazendo com que diversas espécies fiquem submersas por causa do avanço da força da água e morram. Os animais que conseguem fugir para outra área acabam saindo de seu habitat natural precisando se adaptar em novos lugares.

Destruição causada pela Usina de Balbina (AM)

A usina hidrelétrica construída em Balbina (AM)foi uma das responsáveis pelo desalojamento de comunidades, inundação de enormes extensões de terras e destruição da fauna e a flora regional. Além das enchetes que inundaram a reserva indígena Waimiri-Atroari em Balbina, muitos peixes morreram causando escassez de alimentos e fome para as populações locais. Na época prometeu-se também as comunidades locais abastecimento de energia elétrica, mas o acordo não foi cumprido.

Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Em 1989, foi realizado um estudo no Rio Uatumã onde a hidrelética foi construída e concluíram morte biológica do local.
Segundo estudos dos relatórios da Commissão Geographica Geológica concluíram que os danos causados pela construção de usinas hidrelétrica podiam ter sido minimizados e evitados se fosse executado um Estudo de Impacto Ambiental (EIA), como foi feito na Ilha Solteira e Jupiá.

Podemos perceber a importância de um planejamento em relação a exploração ambiental na Amazônia e os impactos irreversíveis que estes podem causar não só a população local como para toda humanidade.

Os indígenas sempre foram os guardiões únicos do meio ambiente e não podemos nos esquecer disso. Os índios diferente de nós "homens civilizados"(se é que realmente somos) têm mais consciência da dependência que temos com o meio ambiente. Aceitarmos esse tipo de destruição é um modo de estarmos sendo conivente com a nossa própria destruição. A floresta não é só um bem valioso para o índio, mas um patrimônio de vida para toda humanidade.

Preservar o meios ambiente é a missão de todos, afinal os índios são brasileiros como nós e temos que caminhar do lado deles na defesa de nosso território. Se hoje temos uma imensa floresta com tantos recursos naturais, grande parcela é culpa dos nossos amigos indígenas.
Fica aí, uma reflexão para todos!

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